O Dino-parque da Lourinhã é o maior museu ao ar livre de Portugal, completamente dedicado aos dinossauros, que abriu no passado mês de Fevereiro. Tem como atracção principal o Lourinhasaurus, o maior dinossauro de Portugal, com 23 metros de altura e cinco toneladas (20 toneladas, caso estivesse vivo), e conta com uma exposição com mais de 120 dinossauros à escala real, distribuídos pelos 10 hectares que totalizam a área do parque.

Mas como fora possível transportar tamanhas cargas e de grande fragilidade como estas? Quais foram os cuidados necessários a ter e quais as maiores preocupações que isto gerou? Em entrevista exclusiva à Supply Chain Magazine, a VLT Cargo, empresa responsável pelo transporte das peças desde a Alemanha até à Lourinhã, explica como fora feita a deslocação das réplicas de dinossauros do Dino-parque.

Segundo conta, foram necessárias 23 viagens de camiões Mega carregados para Portugal, de 3 metros de altura interior, de modo a conseguirem transportar as mais de 130 réplicas de dinossauros para o parque, num trajecto de cerca de 2500km. “Algumas peças vinham inteiras, e outras, devido à altura, em duas ou três peças”, explica a transportadora, dando como exemplo o Lourinhasaurus, de 23 metros de altura.

Para a carga e descarga dos materiais, foram necessários alguns cuidados especiais, devido à fragilidade das peças, nomeadamente “empilhadores com patolas especiais compridas, revestidas com mantas para não danificar as superfícies”. Para as acomodar no camião foram ainda necessárias mantas e esferovite, de modo a amortecer as vibrações da viagem, bem como cintas pregadas ao chão do reboque para fixar bem os materiais. Explica ainda que “para as descargas e a colocação das peças no Dino-parque foi sempre deslocada a equipa da Alemanha até à Lourinhã”.

Os principais cuidados que tiveram foram essencialmente de carga e descarga, havendo sempre alguma preocupação com a viagem até ao parque. “Felizmente não houve qualquer problema ou atraso durante os transportes”, conta a transitária, mostrando-se sempre precavida para qualquer ocorrência. Tinham sempre à mão um “plano B”, mas não foi necessário sair da gaveta.