Foi no passado dia 17 de Outubro que ocorreu a quarta edição do congresso da GS1 Portugal, um evento que trouxe a debate diversos temas da área da logística digital, e que reuniu cerca de 400 pessoas no Museu do Oriente, em Lisboa. Foi sob o mote “GS1 Portugal 4.0: o consumidor nas redes de colaboração digital” que foi dirigido o evento, tendo este apontado as novas realidades de integração em contexto digital, e as alterações que esta adaptação criou nas empresas e nas suas rotinas diárias, a simplificação de processos, a aproximação das marcas às pessoas e, claro, os novos modelos de negócio criados.
Em debate estiveram gestores, decisores políticos e convidados internacionais para abordar o tema da indústria 4.0 e o papel do consumidor nestas redes digitais, e também a gigante digital Alibaba esteve presente no evento sob o tema “Alibaba Ecosystem”, apresentado por Alba Ruiz Laigle, Business Develop Manager do Alibaba Group em Espanha e Portugal, que deu a conhecer a empresa global, que não se restringe à Alibaba, e que tem muitas outras por detrás das suas operações.
Após a abertura por parte do presidente da GS1 falou Luís Marques Mendes, Advogado e Consultor, que apresentou “Os desafios de Portugal no contexto europeu e mundial”, abordando o impacto do digital numa dimensão macroeconómica, e lançou na mesa as potencialidades que Portugal tem no contexto mundial e o que deveria ser alterado de modo a acompanhar a evolução que se tem verificado através, sobretudo, do digital e do 4.0. Seguidamente fora a vez de João Vasconcelos, Fundador do Think Tank CONSELHO abordar também o tema da indústria 4.0, fazendo o público repensar sobre a entrada definitiva e inevitável das tecnologias de informação e o impacto que o seu uso diário terá nas pessoas e empresas tendo em conta a realidade, sob o tema “Indústria 4.0 e Digitalização da Economia”.
“As guerras de preço vão, pouco a pouco, deixar de fazer sentido”, conta na seguinte intervenção Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director na NIELSEN Portugal, na sua intervenção “Tendências 2020: Foco no Shopper”, em que abordou a necessidade de as empresas terem uma maior proximidade com os clientes e dar-lhes razões para permanecerem, pois eles são cada vez menos fiéis às marcas e mais exigentes e voláteis nas suas necessidades. Também a transparência dos preços, e o aparecimento de websites que comparam os preços dos diversos artigos torna as competições cada vez mais inúteis, pelo que a aposta deve ser feita directamente com a pessoa.
O painel de debate do evento, “O consumidor no centro das redes de colaboração digital”, teve a moderação de Rosália Amorim, Directora Editorial da Dinheiro Vivo, e como intervenientes António Casanova, da UNILEVER FIMA, David Alves, da SONAE MC, Margarida Neves, da Johnson & Johnson, Paolo Fagnoni, da Nestlé Portugal, Pedro Cid, da Auchan Portugal e Rui Miguel Nabeiro, da DELTA Cafés, juntando marcas e retalhistas que abordaram a actualidade e o futuro dos negócios. Entre os temas debatidos falou-se ainda das condicionantes do RGPD, proximidade com o cliente e da aposta em novos produtos mais saudáveis.
A parte da tarde foi marcada por apresentações internacionais, como a intervenção de Ulrike Kreysa, que abordou a importância da universalização da identificação dos produtos fitofármacos na segurança mundial e combate à contrafacção de medicamentos, em “Os Novos Regulamentos Europeus: A Importância dos Standards GS1 no Setor da Saúde”. Também a suportar a ideia, esteve a intervenção de Robert Beideman, “A Identificação de Tudo… Torna Tudo Possível”, defendendo que a identificação dos produtos faz a ponte entre o mundo físico e o digital, apresentando o standard da GS1 que permite que o artigo físico tenha um idêntico digital.
Quase a terminar, Álex Rovira, especialista internacional em Psicologia da Liderança e Inspiring Speaker, falou sobre “O Futuro que há-de vir”, nomeadamente as tendências que iremos ter de enfrentar no futuro próximo e o papel que as pessoas terão enquanto factores determinantes para a sustentabilidade dos negócios.
O evento terminou com os comentários finais, a cargo de João de Castro Guimarães, e com um Sunset de networking no terraço do museu.