A dona da Timberland e da The North Face anunciou no seu relatório de contas um aumento no lucro líquido de 31% para 501 milhões de dólares (cerca de 444 milhões de euros) e de 15% nas receitas, subindo para os 3,9 mil milhões. Com os problemas que advieram da guerra comercial entre os EUA e a China não seria de esperar que a VF Corp conseguisse obter estes resultados, mas mesmo com problemas de aprovisionamento que afectaram o seu aprovisionamento chinês o grupo obteve um crescimento bastante favorável, tendo também superado as suas expectativas iniciais de 13,7 mil milhões anuais nas receitas.

A empresa anunciou aos investidores que está a seguir de perto a guerra comercial, visto 11% do seu custo total de produtos vendidos passar por estes dois países, mais precisamente da China para os EUA. Recentemente a China colocou tarifas no valor de 60 mil milhões de dólares sobre produtos importados dos EUA, como forma de combater as tarifas impostas por Donald Trump no valor de 200 mil milhões na importação de artigos chineses.

Stephen Rendle, CEO da VF Corp, conta que graças à sua cadeia de aprovisionamento global têm todas as condições para crescer, apesar das tarifas impostas às importações, e garantem aos investidores que “ao potenciar a nossa cadeia de aprovisionamento, posicionamo-nos para atendermos a mudanças adicionais no clima de negociações com a China. Além disso temos a capacidade de reposicionar a nossa presença global nas aquisições, para atenuar o impacto potencialmente negativo que tarifas adicionais possam representar”.

O representante também revela que não haverá uma necessidade de aumentar os preços, pelo menos para já, e que “a nossa cadeia aprovisionamento procura gerir a nossa presença mundial nas aquisições”, e que os apenas 11% das importações poderá ser um número a manter ou baixar, pois já têm vindo a reduzir a sua exposição à China há vários anos.